Num dia de Inverno...
Num dia de Inverno, o Rui e a sua irmã Inês foram ao bosque dos seus pais para o verem cheio de neve. A dada altura do caminho, viram um portão muito bonito, com um grande muro à volta. Curiosos, abriram-no e, do lado de lá, viram o que o Inverno tinha de bom. Trazia a neve de que o Rui e a Inês tanto gostavam, para fazerem bonecos de neve, guerra de bolas de neve, anjos de neve... Mostrou-lhes o Natal com o bacalhau e as batatas, o bolo-rei, as rabanadas, as filhoses... a confusão que as crianças fazem ao brincar à volta da mesa, cheia de coisas boas; a conversa entre os familiares; os jogos de mesa e o árvore de Natal com os presentes, que serão abertos mais tarde, por todos. Viram a festa do Ano Novo, com passas, espumante, foguetes coloridos e desejos...
Um dia de neve é sempre um dia de sonho e de muitas brincadeiras para todas as crianças, e este foi especial para os dois irmãos. O bosque, todo branquinho, tinha-se transformado em fantasia. A única coisa real que podiam ver, era os pássaros que piavam nos ramos das árvores de onde caíam belos flocos de neve.
É. É assim. Um dia de neve no bosque pode sempre transformar-se num dia de fantasia.
Manuel Avelino Matias
Uma aventura no Inverno
Era uma vez três irmãos que não gostavam nada do Inverno. Eles achavam que esta era uma estação muito triste e que a chuva, o vento e a neve não eram divertidos... Até que um dia fizeram uma pequena viagem pelo Inverno.Querem que vos conte essa viagem?
Está bem, eu conto-vos o que aconteceu.
Tudo começou quando estes três irmãos estavam no quarto a brincar e sentiram uma rajada de vento muito forte, tendo sido arrastados pelos ares. Então, ouviram uma voz muito fininha:
- Eu sou o vento e vou mostrar-vos a beleza do Inverno.
- Por favor, larga-nos e põem-nos no chão! Nós não gostamos de ti nem do teu maldito Inverno!
O vento não os ouviu e os três irmãos agarrados uns aos o
utros, lá acreditaram no vento começando, assim, a sua viagem.
Pelo caminho, o vento falou-lhes da sua importância. disse que servia para fazer girar os moinhos que moíam a farinha para fazer o pão, que limpava as calçadas e as pradarias, que ajudava os pássaros mais novos a aprender a voar... Também fazia com que os céus ficassem mais coloridos, quando levantava os papagaios de papel e, por isso, colocava sorrisos nos rostos das crianças.
Os irmãos ficaram admirados com o que ouviram, mas tiveram de concordar pois era tudo verdade.
- Mas ainda só falei de mim. - disse o Inverno. Vamos conhecer, agora, as minhas amigas: a neve e a chuva.
Pelo caminho encontraram a chuva e pararam par
a conversar com ela.
- Olá chuva! - disseram todos em sintonia.
O vento pediu à chuva que explicasse aos seus amigos a sua importância.
-Ok! - disse a chuva. Vou então falar-vos do que faço e da minha importância.
A chuva começou a lembrar-lhes de como era necessário ela cair do céu para alimentar as plantas de futuras colheitas, para encher os rios e a
s barragens, para criar lençóis de água que formariam novas nascentes, para poder haver água potável para matar a sede aos seres vivos, etc.
O vento, a chuva e as crianças iam tão distraídas a conversar que nem se aperceberam da chegada da neve.
Quando se aperceberam da sua chegada, todos lhe pediram para ela falar de si.
Foi então que a neve lhes disse que a sua importância era a mesma da chuva, apesar da sua água se encontrar no estado sólido.
- E quem não adora brincar e fazer desportos na neve? - perguntou ela. Os três irmãos acabaram por concordar que o Inverno era importante.O vento trouxe-os de regresso a casa e eles passaram a adorar esta estação fria. Lembraram-se, então, de como ele era necessário para preparar a chegada da Primavera.
Pedro silva
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